A Coreia do Norte propôs nesta quinta-feira, (dia 6) o início de discussões com a Coreia do Sul visando a reabertura do complexo industrial intercoreano de Kaesong, fechado por decisão de Pyongyang em meio à tensão militar entre os dois países, e a reabertura da área turística situada no Monte Kumgang.
"O local das discussões e a data da abertura podem ser fixados de acordo com o desejo do Sul", informa um comunicado do Comitê do Norte pela Reunificação Pacífica da Coreia (CPRK), órgão encarregado das relações com Seul. A informação também foi veiculada pela agência local "KCNA".
Esse é o primeiro gesto conciliatório do regime norte-coreano desde que o líder Kim Jong-un rompeu as atividades de Kaesong durante a última campanha de ameaças bélicas que seu país realizou entre março e abril.
Estabelecido em 2004 como um símbolo da cooperação coreana, Kaesong se tornou a principal vítima de dois meses de constante tensão militar, depois de um teste nuclear norte-coreano em fevereiro.
Situado no território norte-coreano, a 10 km da fronteira, Kaesong abriga 123 empresas sul-coreanas e é o único local que comprova a existência de uma aproximação coreana, depois do congelamento das relações bilaterais em 2010.
Com um volume de negócios de US$ 469,5 milhões em 2012, Kaesong constituía uma importante fonte de criação de empregos e de arrecadação de impostos e divisas estrangeiras para a empobrecida Coreia do Norte.
A Coreia do Sul aceitou a proposta norte-coreana, de retomar as conversas para normalizar os acordos comerciais entre os dois países, incluindo o funcionamento do complexo industrial de Kaesong, informam as agências internacionais de notícias.
Segundo o Ministério da Unificação da Coreia do Sul, "Seul está considerando a proposta de maneira positiva e espera que as conversas possam gerar confiança entre ambas as partes".
Na nota divulgada pela agência estatal, o Comitê para a Reunificação Pacífica de Coreia também ressalta que, se Seul aceitar a proposta, as linhas de comunicação serão restabelecidas na aldeia de Panmunjom, no coração da zona desmilitarizada que separa os países, as quais foram cortadas pela Coreia do Norte em março.
Além disso, o regime norte-coreano assegurou que está aberto a negociar os encontros de famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-53), que não ocorrem desde finais de 2010.
Também se mostrou aberto a celebrar uma cerimônia conjunta para comemorar o 41º aniversário do comunicado de 1972, no qual ambos os governos traçaram uma série de passos para conseguir uma reunificação pela via pacífica.
A Coreia do Norte começou a lançar agressivas advertências de "guerra atômica" a Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão depois que o conselho de Segurança da ONU aplicou sanções por unanimidade a seu teste nuclear realizado em fevereiro.
A onda de ameaças por parte do regime norte-coreano também protestava contra as manobras militares anuais que EUA e Coreia do Sul realizam na península coreana com aeronaves e embarcações capazes de realizar ataques nucleares.
Em pleno aumento da tensão, o regime de Kim Jong-un cortou a linha de comunicação de Panmunjom, deu por partido o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia e expulsou os capatazes sul-coreanos do hoje inoperante complexo de Kaesong.
Em relação ao enclave turístico conjunto do Monte Kumgang, os funcionários sul-coreanos seguem expulsos desde 2008, quando a morte de um turista sul-coreano baleado por soldados norte-coreanos gerasse outro desencontro entre os países.Extraído de:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/06/coreia-do-norte-propoe-dialogo-a-coreia-do-sul-1.html
Em relação ao enclave turístico conjunto do Monte Kumgang, os funcionários sul-coreanos seguem expulsos desde 2008, quando a morte de um turista sul-coreano baleado por soldados norte-coreanos gerasse outro desencontro entre os países.Extraído de:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/06/coreia-do-norte-propoe-dialogo-a-coreia-do-sul-1.html
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